24 abril 2009

O 25

Para mim que não vivi esse dia por cá, pois nasci em Angola não devia dar bitaites sobre o que amanhã se comemora. Mas, como aqui mando eu, digo que o dia de amanhã é como outro 25 qualquer.
Porquê? Perguntam vocês. Pois bem, para quem não viveu o Regime, a Ditadura, ou o que quiserem chamar-lhe, não tem essa noção e acredito que a malta nova também não lhe atribua grande significado, pois na escola isso é matéria para ficar esquecida dentro das páginas dos livros de História.
Penso que nos últimos dias tem-se feito grande polémica acerca da nova praça lá para Santa Comba, o que torna mais irreal a coisa. O nome do homem está presente em mais de 20 localidades e agora vão-se chatear por isto?! Será porque calha no dia da Liberdade, então faz-se duas coisas primeiro comemora-se a liberdade de haver quem queira dar-lhe uma praça, e segundo faz-se um acto de espantar velhos fantasmas aceitando que este fulano fez parte da história deste país.
A Liberdade é uma palavra vulgarizada por tantos, que nem se apercebem que esta cada vez existe menos.
A liberdade da palavra é cada vez mais reprimida (falta pouco para o lápis azul entrar em cena). A democracia devia parar seis meses como dizia alguém, os jornalistas não devem ser livres de escolher as noticias, ou certas pessoas sentirem-se perseguidas por noticias (desfavoráveis) e virem acusar publicamente de perseguição ou de cabalas, é cada vez mais vulgar ouvir este tipo de coisas.
Eu sou apartidária, não sou por nenhuma cor politica, porque o que vejo de mal neste quadro, é que este fenómeno é transversal.
A liberdade de uns não é igual à de outros, e o que incomoda a estes prejudica uma nação.
A mim ensinaram-me que a minha Liberdade acaba quando começa a do outro, e que o respeitinho é bonito.

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