Estou irritada sim!

"Considerando a tradição existente no sentido da concessão de tolerância de ponto nos serviços públicos não essenciais na época da Páscoa (...) determino a concessão de tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, no período da tarde de Quinta-Feira Santa, dia 9 de Abril de 2009"

O Sócas avisa com antecedência, para que a malta trabalhadora da grande máquina do estado fique alegre. Nesta altura não se houve reclamar por o país parar, a economia estagnar, ou que querem trabalho ou se fala na crise.
Eu por sinal, trabalho nessa quinta, sexta, sábado e domingo cerca de 12 horas ao dia, posso reclamar deste estado de coisas.
Não falo por dor de cotovelo, mas sim porque reconheço aqui que algo não vai bem assim! Se o país assim não anda para a frente, este é um exemplo das coisas a não se fazer. O profissionalismo, a honestidade, a competência, a fidelidade, o empenho, é cada vez mais ignorado, esquecido. O que se valoriza actualmente é o chico espertismo, a negociata, a traição, o "deixa andar".

Hoje soube da resposta duma alteração pedida por mim à Câmara de Sintra, derivado a ter menos 2 pessoas no meu agregado (que ganhavam cerca de 1000€) pedi para que fosse refeitas as contas para a mensalidade do jardim infantil (público) em que a minha filha anda. Soube então que vou pagar menos 0,98€. Não se riam, pois não acaba aqui. Descobriram alguma mães de colegas da minha filha, que no período de férias serão debitados as refeições que estas crianças não consomem, por determinação da mesma Câmara. É incrível! A isto se chama serviço público. Ainda que a mensalidade englobasse um total sem descriminação de refeições não se poderia pôr em causa. Mas a este título não se pode cobrar o que não se consome, é absurdo.