08 março 2009

Brincar com o fogo

Cada vez mais se fala em Educação sexual nas escolas.
Num país com uma das maiores taxas de gravidez na adolescência,este assunto é ainda visto, não como tabu, mas continua a falar-se com pruridos que não lembra ao Diabo.
Li este artigo do Expresso e concordo que o facto de os jovens serem mais esclarecidos hoje, mas com (in)formação incompleta. Por isso, a necessidade das aulinhas para que possam aí aprender por exemplo, que as DST não é só a Sida, e como se coloca correctamente um preservativo.
Tenho uma filha com 14 anos que este ano pela primeira vez, fez a sua consulta de planeamento. Pedi que iniciasse a toma de pílula, para regularização da menstruação, e para prevenir uma eventual gravidez. Com a ajuda da enfermeira, ela tem a informação de como tomar, e para além disso sabe que numa relação sexual, as Dst´s previnem-se com o uso de um preservativo. Tem todo o apoio e já se sente à vontade para ir ao centro de saúde sozinha se necessitar de mais informação. Mas nem tudo são rosas. Claro que as mentalidades ainda não aceitam que eu fosse a primeira a querer que ela começasse já o Planeamento Familiar. Mas com isso lido bem, há pais e pais. Mas os profissionais de saúde também olham de lado a minha iniciativa, talvez preferissem que eu lá aparecesse com uma adolescente grávida para pedir a pílula do dia seguinte ou mesmo para que se lhe fizesse um aborto.
Este tema passa por muito diálogo com jovens, não pode haver constragimentos. Eles e elas iniciam vida sexual pelos 15 anos. Não se pode fechar os olhos e rezar para que se mantenham virgens até aos 20.

Outra coisa que me choca, é a posição da Igreja em relação ao que aconteceu no Brasil. Uma criança de 9 anos engravidada pelo padrasto, e que esperava gemeos. Nunca vou perceber a posiçao retrógada que toma nestas situações. A não concordar, ao menos que se calasse!
Não vi padre nenhum ser banido por ser pedófilo, ou por ter filhos com beatas de sacristia.

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